Coenzima Q10: poderoso antioxidante
Antioxidante e seus benefícios
Na busca por uma vida saudável e livre de doença, nasceu uma palavra universal: antioxidante. O termo antioxidante é utilizado para denominar a função de proteção celular contra os efeitos danosos dos radicais livres. Alguns nutrientes, naturalmente presentes ou adicionados nos alimentos, possuem propriedade antioxidante.
Os radicais livres são produzidos naturalmente pela respiração e produção de energia e afetam negativamente o organismo. Eles contribuem para o envelhecimento precoce e a instalação de doenças degenerativas, como câncer, aterosclerose, artrite reumática, entre outras. Os radicais livres em excesso também podem ser originados da poluição, hábito de fumar, ingestão de bebidas alcoólicas ou nutrição inadequada.
O excesso de radicais livres no organismo é combatido por antioxidantes, que podem ser obtidos através da alimentação. Não existe uma quantidade mínima recomendada para cada antioxidante. Por isso, recomenda-se que as pessoas comam diariamente uma variedade de alimentos de todos os grupos básicos ou procure um médico para realizar suplementação necessária, Para percebermos a importância dos antioxidantes, temos que falar nos radicais livres.
Mas o que é um radical livre (R. L.)?
É um átomo, ou uma molécula (conjunto de átomos), com um ou mais electrões desemparelhados, na sua órbita externa. Devemos recordar que os electrões gravitam à volta do núcleo do átomo, tal como os planetas giram à volta do sol, só que emparelhados. Se um destes electrões, por qualquer motivo, saltar para fora da sua órbita, a molécula torna-se num radical livre, altamente instável e energético. Para atingirem a estabilidade, têm que "roubar" outro electrão a um outro átomo vizinho (processo designado por oxidação) ficando este reactivo e assim sucessivamente. Dá-se então início à chamada reacção em cascata. Este evento é muito rápido e altamente destrutivo e representa uma séria ameaça para as células vivas e para o organismo. Se se permitir que esta reacção continue, irá originar um processo inflamatório, o qual activará diferentes sistemas de decomposição, incluindo enzimas, hormonas, lípidos de membrana, etc.
Porque é que aparecem os R.L?
Os R.L. podem aparecer devido a vários factores. Para o atleta, cuja capacidade respiratória está muito mais desenvolvida que o normal, o risco é maior. Efectivamente, os atletas podem utilizar 12 a 20 vezes mais oxigénio por minuto que pessoas sedentárias. Ora uma vez que do total de oxigénio inspirado, cerca de 5%, se transforma no ião superoxido, podemos deduzir que a formação de R.L. nos atletas é muito elevada. Contudo, não é só o aumento do consumo de oxigénio que está relacionado com a formação dos radicais livres; a falta de oxigénio transitória, nos tecidos, resultante do levantamento de pesos, ou do exercício anaeróbico (velocistas, p. ex.) pode levar a um aumento dos iões de hidrogénio, os quais, por sua vez, vão reagir com os superoxidos, produzindo espécies reactivas de oxigénio adicionais.
Mas a formação de R.L. também acontece devido ao stresse, durante a exposição a produtos tóxicos ambientais, tais como, dioxinas libertadas pelas fábricas de produtos químicos, o fumo do escape dos automóveis, etc. Outras fontes incluem, raios X, raios UV e tabaco. Os R.L. podem formar-se também a partir das carnes e peixes grelhados, ou quando fritamos os alimentos a altas temperaturas, ou em óleos degradados.
Principais R.L.
Os R.L. mais reactivos são os seguintes:
lão Superoxido - formado a partir do oxigénio. Radical Hidroxilo – formado a partir do peróxido de hidrogénio. É considerado o mais perigoso de todos. Oxigénlo Singleto – produz-se quando a luz ultra-violeta ou o ozono, atingem as nossas células.
Todas estas moléculas reactivas, devem ser eliminadas para podermos preservar a vida celular.
Alvos dos R.L.
Proteínas – as moléculas que compõem as proteínas, são os tijolos que constroem as células, necessários para manter a boa saúde, reparar lesões e tecidos.
As proteínas podem ser enzimas, proteínas estruturais, tais como o colagénio ou a elastina (que se encontra na pele). Quando as proteínas da pele são agredidas, surgem as rugas e o envelhecimento desta. As proteínas do sistema imunitário, protegem-nos das doenças e as proteínas que entram na composição de hormonas, regulam o crescimento e o metabolismo.
Lípidos - estes nutrientes entram na composição das membranas celulares, transmitem informação dentro das células e comunicam sinais entre as células. Um dos exemplos mais I flagrantes do ataque aos lípidos é a chamada lipoperoxidação, isto é, o ataque aos ácidos gordos contidos no colesterol-LDL (mau colesterol). É este ataque que conduzirá, progressivamente, à aterosclerose, doença cardíaca e, em último caso, ataque cardíaco.
DNA - as moléculas que compõem o DNA, contêm toda a informação genética do nosso corpo. Os danos causados pelos R.L. ao DNA, podem afectar severamente a nossa esperança de vida, ao causarem mutações no DNA celular.
Assim, os R.L. podem conduzir à aterosclerose, à doença cardíaca, cancro, cataratas, enfraquecimento do sistema imunitário, envelhecimento da pele, perda de memória, doença de Alzheimer, etc.
Para o atleta, as lesões, as dores musculares e a dificuldade em recuperar, após o treino, são os problemas mais comuns, originados pela acção dos R.L.
O nosso sistema de defesa antioxidante
Os nossos sistemas de defesa antioxidantes, captam e aniquilam o excesso de R.L. Estes antioxidantes, constam de enzimas, pequenas moléculas produzidas nas nossas células, vitaminas e minerais. Deste exército antioxidante, nem todos os soldados podem ser produzidos pelo nosso organismo (exógenos) e, por isso, têm que ser obtidos pelos alimentos.
- Antioxidantes Endógenos: enzimas SOD, catalase e glutatião peroxidase. - Antioxidantes Exógenos: beta caroteno, vitaminas C, E, selénio, zinco, cobre, manganês, ácido lipóico, polifenóis, bioflavonóides, isoflavonas da soja, extracto de alho envelhecido, etc.
Porquê tomar Antioxidantes?
Em condições normais, o nosso sistema de defesa interno é suficiente para nos proteger.
Mas, como já vimos, a produção de R.L. pelos atletas anda muito acima do normal, o que deixa o atleta vulnerável. Por outro lado, será que há algum atleta que consuma as cinco doses de vegetais, frutos e legumes verdes por dia, recomendados pelo American College of Sports Nutrition (A.C.S.M.)? Não devemos também esquecer que os alimentos, quando nos chegam à mesa, estão muito empobrecidos, os mais variados nutrientes, que o ar que respiramos, não é propriamente puro, tal como a água que bebemos.
COENZIMA Q10
A Coenzima Q10 é uma molécula que existe no nosso organismo e que desempenha um papel fundamental no metabolismo energético, e na proteção antioxidante das nossas células. Também conhecida como ubiquinona, esta coenzima encontra-se em todas das células do nosso organismo, mas principalmente nas células que necessitam de um fornecimento superior de energia, como é o caso das células musculares, em especial do coração e músculo esquelético. Níveis reduzidos de Q10 estão associados a fadiga, falta de força muscular e envelhecimento. A CoQ10 é semelhante à vitamina e produzida pelo corpo, mas essa produção decresce ao longo do tempo.
A sua síntese pode ocorre via ciclo do mevalonato, responsável pela produção de colesterol, ou pode ser obtida pela alimentação, no entanto a quantidade obtida por estes meios não consegue ser suficiente para travar déficits sentidos nas circunstancias anteriormente referidas. Mas, estudos clínicos realizados por vários investigadores em diferentes patologias, onde a Coenzima Q10 se encontra em falta, como no enfarte agudo do miocárdio, hipertensão arterial, miopatias induzidas pelas estatinas, fadiga física inerente ao exercício físico, infertilidade masculina, pré- eclampsia, doença de Parkisnson, doenças periodontais e enxaquecas, vieram demonstrar que a utilização da Coenzima Q10 a diferentes doses ( entre 30mg/dia e os 3000mg/dia) é uma ótima alternativa para inibir a progressão destas doenças.
INDICAÇÕES
• Fortalecer o sistema imunológico; • Ajudar as células do coração a funcionarem com mais eficiência; • Aumentar a capacidade de bombeamento do coração; • Aumentar a absorção de oxigênio pelas células do músculo do coração; • Ajudar a reciclar a Vitamina E no organismo, além de intensificar sua potência; • Tratar a falência renal; • Eliminar efeitos colaterais de drogas para insuficiência cardíaca; • Prevenir as lesões oxidativas dos radicais livres; • Combater o estresse; • Ser o principal combustível da mitocôndria (responsável pela produção de energia na célula); • Proteger a mitocôndria, evitando doenças degenerativas do cérebro, como: perda gradual da memória, doença de Alzheimer e de Lou Gehrig; • Atuar como oxidante dentro da mitocôndria, destruindo os radicais peróxido, após sua formação.
ALGUMAS DAS PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DA COQ10
Cofator essencial da produção celular de energia. A CoQ10 é um componente essencial da cadeia respiratória mitocôndria na da célula e desempenha um importante papel na produção de ATP, principal fonte de energia celular. A CoQ10 pode ser de grande valia para pacientes com grave insuficiência, ajudando-os a dar uma guinada dinâmica em seu estado geral. Necessária para o uso eficiente de oxigênio. A CoQ10 também parece controlar o fluxo de oxigênio intracelular. Podemos compreender sua ação como uma diminuição da hipóxia e do impacto da isquemia sobre o coração em condições de aporte insuficiente de oxigênio.
Propriedades antioxidantes. Foi constatado que a CoQ10 desempenha um papel antioxidante inespecífico na célula e pode diminuir o dano potencial de radicais livres resultantes da peroxidação de ácidos graxos insaturados na célula.
Tais propriedades biológicas se refletem em ganhos nutricionais e benefícios para as condições gerais de saúde, particularmente nos seguintes aspectos:
• Melhora a produção de energia e a performance física: Os atletas, particularmente os de faixa etária mais avançada, podem ser beneficiados com o uso da CoQ10.
• Melhora a função cardiovascular, regenerando tecidos lesados, e promove a melhora de distúrbios do sistema cardiovascular como a hipertensão arterial.
• Previne e cura doenças periodontais: Estudando o tratamento das doenças periodontais com CoQ10, descobriram que o tecido gengival afetado era deficiente em CoQ10, enquanto o tecido saudável dos mesmos pacientes não apresentava essa deficiência. O tratamento com CoQ10 aumentou em muito o rítmo de cura do tecido afetado. A CoQ10 muitas vezes não apenas fez reverter o avanço da doença, mas estimulou o recrescimento de tecido saudável. Mostrou-se particularmente útil para diminuir a inflamação e a dor.
• Estimula o sistema imunológico: A CoQ10 estimula o sistema imunológico enfraquecido ou comprometido, melhorando não somente produção de anticorpos e de linfócitos T, mas também como aumentando a atividade fagocitária. Incrementa o fluxo energético intracelular.
• Neutraliza os radicais livres: É parte importante do sistema de defesa antioxidante da célula. Acredita-se que o dano oxidativo causado pelos radicais livres contribua não apenas para o processo de envelhecimento, mas para a patogênese de muitas doenças cardiovasculares, neoplasias, artrites e vários distúrbios auto-imunes. A CoQ10, além de servir como cofator da produção de energia, funciona como um antioxidante tão eficaz quanto a vitamina E no tecido cardíaco, mas menos eficiente em tecido hepático. Este estudo sugere que a suplementação de CoQ10 deve ser incluída em qualquer programa antioxidante abrangente.
• Retarda o processo de envelhecimento: A propriedade anti-envelhecimento pode ser devida à capacidade da CoQ10 de melhorar o estado de energia das células e aumentar a eficiência da utilização do oxigênio. Estudos demonstraram que o conteúdo de CoQ10 diminui com o avançar da idade, especialmente nos tecidos cardíaco e hepático. Protegendo as células contra a peroxidação, a CoQ10 aumenta a tolerância de idosos e sedentários ao exercício físico e pode corrigir falhas do sistema imunológico.
• O declínio dos níveis de CoQ10 pode ser uma possível explicação para uma série de condições associadas ao envelhecimento, como uma maior vulnerabilidade às infecções bacterianas e virais ou uma maior prevalência de doenças periodontais. Estudos efetuados em ratos com CoQ10 demonstraram parciais de declínios na função imunológica relacionados com a idade. Além disso, constatou-se que a CoQ10 tem a capacidade de aliviar possíveis efeitos tóxicos das drogas comumente usadas para tratar doenças mais prevalentes em idosos, como neoplasias e hipertensão arterial. Com efeito, estudos demonstraram que, com a suplementação de CoQ10, doses mais elevadas dessas drogas podem ser usadas com efeitos mais contundentes contra as doenças em tratamento. Assim sendo, seja por estimular a produção e o aproveitamento energético celular, corrigir falhas do sistema imunológico, por suas propriedades antioxidantes ou por sua capacidade de minorar efeitos tóxicos de drogas, a CoQ10 pode afetar favoravelmente os fenômenos de envelhecimento.
• Estudos de longevidade em ratos demonstraram que a suplementação semanal de CoQ10 (em forma de emulsão) aumentou significativamente a duração da vida quando o tratamento foi iniciado no ponto médio da expectativa de vida. As doses usadas nos ratos foram mais ou menos equivalentes a dose de 30 miligramas por dia de CoQ10 utilizada em seres humanos .Este é um resumo do artigo escrito pelo Dr. Roger V. Kendall, publicado na Revista de Oxidologia de dezembro de 1994.
FUNÇÕES DA COENZIMA Q10
As funções da Coenzima Q10 são principalmente a nível da mitocôndria, a central energética das células. Quando transformamos os alimentos e o oxigénio em energia (ATP), a parte final desta transformação depende da presença de Coenzima Q10, e sem os níveis adequados desta, as nossas células não são capazes de produzir energia de uma forma eficaz.
É também na mitocôndria, aquando desta produção energética, que ocorre uma elevada produção de radicais livres de oxigénio, e onde a presença de níveis adequados de Q10 diminui a produção de radicais livres de oxigénio. Além disso tem um papel antioxidante na regeneração de outros antioxidantes, como a vitamina C e a vitamina E.
FONTES DE COENZIMA Q10
A coenzima Q10 é produzida no nosso organismo, e em situações normais, esta produção é suficiente até aos 20 anos, mas com a idade as quantidades de Q10 produzida diminuem. Encontramos a Coenzima Q10 em diversos alimentos, como carne, aves, peixes e ovos. Pequenas quantidades também são encontradas nos cereais, soja, nozes, espinafre e brócolis. Uma alternativa para suprir a quantidade necessária diária de Coenzima Q10 é a suplementação por cápsula, por exemplo.
Contra Indicações
Em pacientes portadores de deficiência renal grave ou com hipersensibilidade à CoQ10.
Efeitos Colaterais
Pessoas mais sensíveis podem apresentar queixas de desconforto epigástrico, náuseas, perda de apetite, diarréia, palpitações e sudorese.
Alimentos ricos em antioxidantes >>
Vitamina A: cenoura, abóbora, fígado, batata doce, damasco seco, brócolis e melão;
Vitamina C: frutas cítricas (laranja, lima, limão), melão, acerola, caju, kiwi, morango, vegetais verdes escuros e tomate.
Vitamina E: óleos de frutos e sementes, germe de cereais, amêndoas, nozes, Castanha do Pará, gema de ovo, verduras de folhas verdes escuras e legumes.
Betacaroteno: verduras de folhas verdes escuras, abóbora, cenoura e tomate;
Selênio: Castanha do Pará, germe de trigo, peixes, mariscos, fígado, carnes e aves. Muitos snacks possuem Selênio, ideal para seu lanche no meio da manhã ou tarde;
Bioflavonoides: frutas cítricas e uvas escuras ou vermelhas;
Isoflavona: soja;
Catequinas: frutas silvestres, da família do morango, uva e chá verde
Ácido Elágico: uva, morango e nozes;
Curcumina: açafrão da terra.
A sua saúde em boas mãos.
Fonte: Farmacêutica Responsável
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